quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O QUE É UMA VIDA BOA?

Uma vida boa constrói-se com boas relações...

Chegou-me há poucos dias ao correio electrónico um vídeo que me deixou a pensar, sobretudo pela clareza das conclusões a que se chega. O título deste trabalho resume bem o que nele se diz.

Trata-se de uma inédita e inaudita investigação da Universidade de Harvard, que há 75 anos começou a acompanhar 729 homens, a que mais tarde se juntaram as esposas, pessoas dos mais variados meios sociais de Boston, a quem anualmente se dirigiam para lhes fazer perguntas sobre a vida e os sentimentos que iam vivenciando. Ainda hoje acompanham os 60 sobreviventes, na casa dos 90 anos.
"Festa e família" ainda é melhor!
Este inquérito visava estudar as pessoas desde a adolescência e verificar o que as mantém felizes e saudáveis.
Essas pessoas começavam por falar dos seus desejos mais profundos e referiam a importância do dinheiro, da fama, de um bom emprego/trabalho para serem felizes. Mas, pouco a pouco, os investigadores notaram que a tónica da felicidade e de uma vida saudável passava para outros valores.

E chegaram a três conclusões:
1 – São os bons relacionamentos que mantêm as pessoas felizes;
2 – É a qualidade dos relacionamentos, e não o estado do colesterol(?), que prolonga a saúde e a felicidade dos 50 para os 80 anos. Quanto maior for o nível da relação com a família, os amigos e a comunidade, mais certo será o nível de felicidade;
3 – A qualidade dos relacionamentos também influencia a própria saúde física, dando exemplos com o cérbero que fica mais protegido, as memórias mais preservadas e mesmo com implicação directa na dor física: esta aumenta emocionalmente se o sujeito possui relacionamentos difíceis com os outros, conduzindo a um maior declínio da memória.
Momentos de felicidade familiar

Bem, agora ficamos a pensar que ninguém é feliz, pois todos temos as nossas zangas, as nossas birras e até os nossos silêncios de desprezo pelo outro, mesmo o mais próximo.
Mas não… O estudo aprofunda a questão e conclui que não são esses momentos negativos esporádicos que nos roubam o gosto e a felicidade de viver. Os relacionamentos bons são aqueles que nos levam a contar sempre com alguém, amigo ou familiar, que nos acode em dias de necessidade, em dias em que precisamos mesmo de uma mão amiga.
O estudo conclui que uma das maiores asneiras da vida é perder a relação com os amigos, os familiares, até os próprios filhos, por vezes por questões menores. A sensação de azedume, de vazio, de solidão que se segue não é compatível com a felicidade pessoal.
Por isso, o estudo termina aconselhando a um esforço de aproximação dos outros (ex. passar colegas de trabalho a companheiros, trocar horas de TV por tempo com pessoas…).

A última afirmação dizia mesmo: olhem que o tempo que temos, mesmo com 100 anos, é curto e há que aproveitá-lo bem. No dizer de Mark Twain: «Só há tempo para amar e mesmo este é curto!».
E mais nada digo.

Num dia claro tu podes ver para sempre!

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