sexta-feira, 22 de março de 2019

Dia 22-03-2019


E porque hoje é sexta, 22-03, o casal Henriques tem muito que comemorar. O número 44 diz muito, não por ser uma capicua, mas por marcar uma existência de dois seres que são mesmo um para o outro: eu preciso de ti e tu precisas de mim... Por isso, vamos vivendo a alegria dos dias, dando graças por acharmos que valeu a pena dar o passo do "SIM" para sempre. Os momentos menos bons esquecem-se por baixo do muito bom que tem sido todos estes anos.

Andámos pelo Montijo ignorado ou esquecido com uns amigos. Vimos flamingos e muitos terrenos abandonados, fomos ver o aeroporto para aprender o caminho para o check-in, comemos um peixe saboroso na Casa do Pescador e ainda visitámos a Senhora da Alegria na Atalaia.

Por efeito da nossa formação, prendemo-nos aos azulejos, levando fotos do "casamento de N.ª Senhora, da Anunciação do Anjo, da sua gravidez sem lugar na estalagem, da apresentação do Menino ao velho Simeão, da fuga para o Egito... E uma foto do altar-mor e da Virgem.
Um dia cheio de alegria, que quisemos partilhar. Graças a Deus!
António Henriques








domingo, 17 de março de 2019

Belezas da minha terra

Hoje publico esta mensagem a pensar na minha irmã, ávida de ler os meus textos neste blogue e a criticar-me por não aparecer mais por estas bandas. AH 



Desta vez, apeteceu-me olhar para cima, lembrando a primeira vez que entrei no "Rio Sul Shopping", há uns 15 anos, então como jornalista da "Tribuna do Povo"... E confesso: o que nessa altura mais me impressionou foi esta estrutura de embarcação virada ao contrário, a abrigar os muito milhares que diariamente ocupam este espaço... E continua lindo e imponente!
Bem sei que sou filho de carpinteiro, esmerado artista no manuseamento da madeira, que se regalava e envaidecia a mostrar ao filho as obras de arte que ele deixou na linha do Estoril, especialmente nos hotéis de Cascais e no Casino Estoril. Algumas vezes, a dificuldade da obra era tal que todos se recusavam a assumir a sua confeção. E o mestre Aníbal aceitava a responsabilidade e levava o encargo a bom termo. 
Convém dizer que os começos da aprendizagem são muito importantes para os resultados futuros serem apetitosos. Estávamos no tempo em que o aprendiz passava mais de um ano a viver na casa do mestre, aprendendo todos os segredos da arte. Até se começava no pinhal a serrar grandes troncos  numa armação a jeito e com um grande serrote que deixava sequelas, como, por exemplo, as habituais dores de costas de que mais tarde tanto se queixava...
Como criança, o que mais eu admirava era a enorme quantidade de ferramentas que eram necessárias para o seu ofício. Ainda hoje olho para elas com enlevo quando visito alguns museus regionais...
O meu pai não teve a sorte de olhar para estas estruturas. Se as visse, diria logo que no seu tempo não se podia montar uma coisa destas! Mas outras já se faziam que exigiam muita ciência, nomeadamente estruturas curvas (escadas com corrimão arredondado...) ou o teto inclinado e côncavo, cheio de iluminação, que cobria o palco dos espetáculos do Casino Estoril.

Hoje deu-me para isto... A minha irmã vai ficar contente e com vontade de ver as belezas da minha terra. E digam lá se a Outra Banda não é bonita!

António Henriques