sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Um filme de férias


Também passámos por Silves nestas curtas férias de Verão.
Colhemos imagens, sentimos os cheiros, as cores, os sabores daquele ambiente luso-árabe que a Feira Medieval nos proporcionou naquele percurso pelas ruas da cidade.
Depois, com o material recolhido, viemos para casa e com o MovieMaker trabalhei e concluí este filme.

Vocês nem calculam o prazer que me deu mexer em imagens, legendas, música, gravação de palavras e fazer um videozinho de 3,25 minutos, que aqui deixo como prenda dos meus anos.
Divirtam-se.
AH


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Estamos de férias!




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Até que enfim!


Sempre conseguimos juntar pais e filhos neste nosso remanso algarvio. É a primeira vez…
Vão ser poucos dias, mas dá para voltar aos tempos de meninos, rirmos com as peripécias de então, brincar com a mãe a ver se o riso lhe tira a dor de costas, irmos juntos à praia, visitar algum lugar mais interessante… Sim, as obrigações profissionais e as distâncias não nos dão muitas possibilidades de conviver deste modo…

Hoje, dia 15, também fomos à missa na Igreja Matriz de Portimão, numa homenagem e devoção à Virgem, Nossa Senhora da Assunção, que aqui é representada por uma vistosa Nossa Senhora da Conceição, cuja imagem domina todo o retábulo da capela-mor. Dá gosto olhar para esta imagem e para este conjunto de talha dourada, perdendo-nos ainda a observar aquelas lindas colunas retorcidas, onde predominam símbolos eucarísticos,Férias2.jpg mormente os cachos de uvas bem esculpidos naquele conjunto barroco bem elaborado e bem restaurado, assim como toda a Igreja. Mesmo os altares laterais apresentam belos retábulos e um deles já com a imagem do Santo João Paulo II.
É oração, sim, estar uns instantes com os cristãos de todo o mundo e é também turismo, encher os olhos de coisas belas que consolam os nossos dias diferentes.

António Henriques


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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

É mais um filme pouco esclarecedor…

Nada a perder.jpgNuma tentativa de fazer o dia diferente, resolvemos um dia destes ir ao cinema aqui bem perto de casa. A escolha do filme não é fácil, dadas as razões comerciais que assistem à empresa. Para além dos infantis, restam quase só os filmes de espionagem ou de mirabolantes histórias com metralhadoras a funcionar do princípio ao fim, o que os nossos ouvidos rejeitam com muita razão.
Optámos por uma biografia autorizada do bispo Edir Macedo, intitulado “NADA A PERDER”, realização de 2018. O que nos interessava? Havia um desejo íntimo de saber como tudo começou, como foram os primórdios deste poderoso movimento que criou já um potentado económico e tem arrastado multidões em muitos países, apelando a uma fé pessoal e a uma amizade entre pessoas que foge ao discurso frio, pouco ligado à vida real dos crentes, que muitas vezes constatamos nas nossas igrejas.
Logo de início, surpreendemo-nos com a fila de gente a comprar bilhete, ao contrário dos outros dias, que não arrastam tantos para o cinema. Quase todos com um voucher de desconto na mão, comprámos bilhete e lá fomos andando para a sala. O filme tinha começado e na escuridão do ambiente foi difícil acomodar tanta gente nos seus lugares.
A história apresenta uma criança teimosa, com vontade firme de querer singrar na vida, educada assim pela própria mãe, que nele acredita piamente.
Não vimos naquele jovem grande preparação religiosa, fruto do estudo ou de cursos de aprofundamento da fé, coisa que é bem visível noutras formações religiosas, nomeadamente em Lutero.
Um jovem que vive a sua fé criticando as procissões a transportar um Senhor morto, quando Ele está vivo, ressuscitado… Um crente com a sua fé simples, amigo dos pobres a quem chega a dar o seu blusão…  Começa nele a vontade de criar um movimento à sua medida, à semelhança de outras pequenas associações religiosas que ele também frequenta no Brasil, mas onde ele é rejeitado, sobretudo por querer sempre andar à frente, sem preparação…
Com pouca ajuda, lá consegue o primeiro espaço, bem pobre e desajeitado, que com o tempo foi substituído por outros espaços melhores e maiores.
Tem uma relação pouco normal com a família e com a esposa, pois vive demasiado aturdido com as suas coisas, sem ouvir ninguém… E é esta fé pessoal de crescimento contínuo que vai conquistando novos objectivos, arrastando outras pessoas, sofrendo também muito com as opções que toma, especialmente quando se compromete a comprar a falida TV-Record, o que o leva à prisão e a grandes divergências com o governo brasileiro.
O filme muito pouco diz sobre religião, como se pode ver no trailer que apresento no fim. É sobretudo a história de um homem com um querer pessoal muito forte, o que falta a muita gente. Será fé? Ou será antes uma visão pessoal comprometida, a arrastar sempre a pessoa para novos cometimentos? 

O melhor veio no fim. Não é que o próprio Edir Macedo aparece a dirigir-se aos espectadores a incitá-los a viver a sua fé e a servir-se de um “lencinho” para afastar as doenças e o mal? Ora, muitos dos presentes já levavam o tal lencinho e levantavam os braços a invocar as bênçãos do alto. Eu senti-me a passar do cinema para a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o que me deixou malvisto aos olhos dos outros. Assim pensei eu, pois ninguém me reprovou por não levantar os braços com o lencinho da salvação. Há cada maneira de extorquir dinheiro!…
NOTA: qualquer dia vai aparecer o “NADA A PERDER-2”. Nessa altura é que ficaremos a saber como é que o menino e jovem pobre se transformou no maior pedinte do mundo para viver agora no reino da riqueza incomensurável…
António Henriques