quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Vídeo sobre a Sé de Portalegre

Catedral de Portalegre - uma visita

Tenho ouvido falar das obras de restauro a que vai ser sujeita a Catedral de Portalegre. O Sr. Cón. Bonifácio Bernardo até já publicou o Índice e o Prefácio de um livro sobre a história do Seminário, para com a sua venda ajudar a recuperar o altar de S. Pedro, sede da Confraria do Clero.
Neste sentido, achei que podia chamar a atenção das obras na Sé com a criação de um vídeo que ao vivo mostrasse as belezas expostas e a real necessidade de restauração deste monumento nacional.
Desloquei-me há poucos dias à Catedral e, com a prestimosa ajuda do Sr. Cón. Bonifácio, apresento hoje o trabalho.
Oxalá eu possa contaminar os amigos para uma visita e mesmo para uma colaboração nas despesas da Diocese. Porque não? Não é verdade que só levamos daqui o que damos?

E não estranhem estes assuntos, pois são estes trabalhos de investigação e "engenharia" que me alegram os dias. 

António Henriques    

 

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Medronheiros nas Paivas?


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Quem diria? Mesmo ao pé de mim, no jardim das Paivas, por onde me passeio com frequência, vou encontrar os meus conhecidos medronheiros, feitos árvores frondosas.
Habituado a eles na minha Sobreira Formosa, degustando o seu sabor de fruto ou o seu líquido espirituoso, vendo-os crescer sem cuidados e multiplicar-se sem pedir licença, eis que agora passaram a ser árvore urbana, a dar sombra a crianças e adultos e a assistir às mil cabriolas que as crianças e animais por ali executam sobre a bem tratada relva do jardim! E surgem com frutos e flores brancas, que não sei se são da época ou derivações das perturbações climáticas!
Foi uma bárbara surpresa entrar no jardim por um caminho pouco habitual e ver no chão uns tantos medronhos acabadinhos de cair. Mas o que é isto aqui? Eram mesmo medronheiros a sério... Como as outras árvores, plantadas ali há uns 15 ou 20 anos, foram crescendo e agora apresentam-se frondosas e vistosas para quem sabe e gosta de desfrutar do mais belo espaço da minha localidade. É também ali que se encontra o lindo repuxo e a chamada fonte cibernética que enche de viço todo Paivas.jpgambiente. E agora, há já muitos meses, não deixam  de projetar a água em formas graciosas... Acho que foi o Lost - aquele bar-restaurante que ocupou as instalações centrais - que não deixou fenecer a oferta de tanta água, algumas vezes em descanso moribundo... 
É também ali que nos distraímos às vezes com a leitura de um livrinho e com o sabor de um aromático café. Horas de descanso que alegram os nossos dias.
Acrescento que no mesmo jardim crescem e oferecem-se aos visitantes os (ou as?) famosos(as) jacarandás, de que já dei conta há meses, com as suas fotogénicas cores arroxeadas.
Pronto, já disse bem da nossa terra. Passem bem, divirtam-se e podem vir até cá...
Seguem-se as fotos dos medronheiros das Paivas. A Antonieta também lá está!
António Henriques









quarta-feira, 30 de outubro de 2019

O primeiro email


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Fez ontem 50 anos (1969) que foi enviado o primeiro email. Que coisa maravilhosa! Tinha eu já 30 anos, era professor sem grandes ferramentas, para além dum quadro com giz e apagador na sala. Comunicar com os alunos? Só em presença ou enviando um recado por algum vizinho, até porque o telefone também era ainda um objeto raro nas nossas casas.
A minha incursão por este “admirável mundo novo” começou apenas quinze anos depois, nos meados da década de 80, quando a escola Paulo da Gama, na Amora, se abriu à inovação e aderiu ao projeto Minerva, com o qual pude iniciar a minha formação, trabalhando com um grupo de alunos no jornal escolar, já com paginação digital, muito diferente da tesoura e cola com que fizemos os primeiros jornais.
A rede telefónica já era uma aquisição memorável. Mas esta outra rede, com um suporte digital (o primeiro servidor foi a ARPA (Advanced Research Projects Agency), agência financiada pelo governo norte-americano), é que veio modificar por completo as nossas facilidades de comunicação, criando as redes sociais.
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E o primeiro email foram apenas duas letras – LO – já que a rede caiu a meio e não conseguiu transmitir a palavra completa – LOGING. Citando o inventor, sr. Kleinrock, "Ficou claro que (o email) chegaria a cada casa, mas na época não pude ver, nem eu nem ninguém, a parte poderosa da comunidade [redes sociais] e o seu impacto em cada aspeto da sociedade. Só quando o correio eletrónico inundou a rede em 1972 é que percebi o poder que a Internet teria em permitir a interação entre as pessoas". (in DN)
Com mais de três mil milhões de emails, vejam como o nosso planeta está ligado e dependente da tecnologia…
Foi em 1976 que a rainha da Inglaterra enviou o seu primeiro email, agora já com o @ (arroba – at em inglês), separando o remetente do domínio do servidor (responsável pela emissão). Mas dois anos depois, surgiu o primeiro spam, uma mensagem enviada para muitos destinatários sem a permissão deles. Hoje, 70% dos emails são spam, vejam a praga que por aí vai. São publicidade ou são vírus a infetar os nossos computadores. E mesmo com filtros, somos enredados nesta teia.
E como o mundo não para, hoje a juventude já anda mais ligada a outras ferramentas, ainda mais práticas e desenvolvidas que o email, como o Messenger, o Skype, o Twitter, o Facebook, o Instagram, o WhatsApp e mais, onde a palavra, o som e a imagem surgem na palma da mão.
Termino com as palavras de Kleinrock: a internet tem muitos buracos, mas "olhar para ela como um todo, é uma coisa maravilhosa."
António Henriques

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Marcelo cumpriu...


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O que se segue é um pequeno apanhado do muito que se está escrever no Facebook a propósito desta grande «cacha» do nosso amigo Tó Manel. AH
MARCELO CUMPRIU 
Chegou como qualquer vulgar veraneante. Pé ante pé, de mansinho, como quem não quer a coisa… Ali mesmo frente ao nariz do repórter. Já passavam das 16h e 30 m do dia 28/08. Tirou a roupa, preparou-se para o mergulho e mergulhou. Três ou quatro braçadas depois subiu as escadas de saída da água… Só então foi reconhecido e apareceu algum povo mais próximo para as fotos habituais e já tradicionais. Seguranças e assistente pessoal sempre atentos e à distância. (Um cruzar de olhares e o polegar virado ao alto, aquando da entrada na água, formalizou a autorização para as fotos que seguem.)
Como chegou, partiu. Discreta e simpaticamente. A maior parte dos veraneantes presentes nem se apercebeu da presença do Presidente da República de Portugal, MARCELO REBELO DE SOUSA, na sua dimensão de comum cidadão, em visita à PRAIA FLUVIAL DE CARDIGOS/VERGANCINHO. Sem espectáculo, sem “corte”, sem entidades oficiais e oficiosas…
Antes das 17h estava de abalada. Sabe-se lá para onde…
António Manuel M. Silva


 
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 Parabéns pelo texto e pela oportunidade da reportagem. Desagrado por algumas opiniões que aqui li; parece que, para algumas pessoas, não há gesto ou palavra de político que não sirva para verter fel e vinagre por todos os poros. Esses comentários têm a virtude de me lembrar que, afinal, há pessoas perfeitas: essas, as autoras dos ditos comentários. Continua, António Manuel M. Silva. Mesmo que tua pedagogia não consiga entrar na perfeição dos empedernidos.
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 Ele tinha anunciado na TV, ainda estando no Algarve, que viria dia 28 ao Pinhal. Depois as autarquias foram avisadas mas sem conhecimento do horário e do percurso. Julgo que a Agência Lusa foi a única a ter conhecimento oficial. Eu limitei-me a andar por ali...
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Não me sai da cabeça esta desconcertante e oportuna foto do meu querido amigo António Manuel M. Silva, captada ontem, privilegiadamente, na mais que famosíssima praia fluvial de Cardigos.
(Se Marcelo procurou fugir de todos, como é que o Tó Manel teve acesso a estes autorizados instantes?!).
Marcelo8.jpg
Não nos desviemos do assunto voyeuristico e vamos ao essencial da questão!!!
Marcelo prometeu vir em gesto de solidário testemunho para com uma zona recentemente fustigada pelos incêndios.
A sua vinda, por certo, atrairia tudo o que é média nacional e regional.
O que em muito NOS ajudaria a que os PODERES não se esqueçam dos apoios que precisamos.
Vindo como veio, sorrateiro, cidadão igual entre iguais, sabe a pouco, tipo, ó Paulo Magalhaes, ó Luis Ferreira Lopes, onde é que me prepararam o banho para logo...
-Em Cardigos , senhor Presidente!!!
-Em CAR .... quê?! Diga lá outra vez?!
Tanto quanto sei os Presidentes de câmara de Vila de Rei e Proença, mas, sobretudo de Mação, Vasco Estrela, de nada souberam.
Tinham que saber?! Talvez não. Ou então talvez fosse simpático para reforçar o gesto SOLIDÁRIO de tal banho.
Marcelo, desconcertante.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Visitar Banksy



Levados pela fama e pelos anúncios de mais uma Exposição na Cordoaria Nacional, onde sempre acontecem grandes eventos, lá fomos nós na tarde de sábado para conhecer mais um artista carregado de notoriedade, desde logo pela sua identidade desconhecida e depois pelo arrojo e irreverência da sua obra.
Diz-se que é britânico, que começou a distinguir-se como artista de rua pintando graffitti nas cidades de Bristol e Londres, mas que alguém começou a apreciar, vendo ali uma originalidade de comunicação que do anonimato passou à fama, de perseguido passou a ser protegido. 
Não vende os seus quadros, os de rua e os de estúdio, mas alguém os compra e agora há já colecionadores que expõem as suas obras, como é o caso desta exposição em Belém, quase toda de um único proprietário.
Banksy apresenta-se como artista que comunica sugerindo, surpreendendo nas imagens, brincando com as situações.
Percebe-se que defende a sua e nossa liberdade, não gosta de ser oprimido (não acham que já há leis a mais?!), é contra o capital e os regimes ditatoriais, considera o consumismo uma balela que nos faz correr atrás da felicidade por caminhos enganosos que apenas nos enchem de vazio. Ele brinca tanto com as situações comerciais que chega a armadilhar um quadro vendido num leilão com um corta-papéis e que se vai desfazendo em fitas após ser comprado, para espanto da assistência!
Percebe-se também nesta exposição uma acérrima defesa dos palestinianos, massacrados pelo estado judaico. Várias pinturas presentes aproveitam as condições da vida na Palestina para sonhar com a liberdade contra os muros, pela alegria contra o medo e pelo sonho contra as proibições.
O artista não tem de dizer tudo. Pertence a cada um de nós olhar, interpretar e tirar conclusões, quanto mais não seja sentir que algo de novo se passou naqueles tempos da visita, um grande gosto ou um grande tédio...
Para mim, foi um imenso gosto que trouxe novidade.

António Henriques

NOTA: Os 2,30m do vídeo seguinte são a minha visão da exposição, que não esgota a imensidão de sugestões que os olhos vão contemplando. AH

                                                                   ver em ecrã completo



domingo, 26 de maio de 2019

Surpresas agradáveis

E dias diferentes...

Tinha eu acabado de acordar no dia de ontem, começo a ouvir a barulheira de vozes novinhas, crianças, jovens e alguns adultos que estão a ocupar os espaços arborizados que alimentam o meu olhar nos últimos dias. 
Tendas a erguer-se, uma ou duas carrinhas de transporte?! Quem são os invasores? E logo às 7,30h da manhã...
Quando às 8,30h nos dirigimos para as Termas da Sulfúria, metemos conversa com quem por ali andava. Eram escuteiros de Agrupamento 142 de Portalegre, que me trazem à memória ricas recordações de há mais de 40 anos. Eventos importantes (quatro acampamentos nacionais!), mas sobretudo pessoas que marcaram os meus dias, num dar e receber que a todos ajudou a preparar-nos para a vida...
E, melhor ainda, quem é que eu lobrigo no meio daquelas cabeças? O P. Américo Agostinho, amigo e companheiro de muitas vivências, sempre jovem e sempre dedicado ao serviço. Uns abraços inesperados, que não foram demorados devido aos horários dos "banhos"!
À hora do almoço, bebemos café juntos, falámos de amigos em comum e até telefonámos ao Leonel Cardoso Martins, que continua internado no hospital de Évora na convalescença de um operação. Que raio de conversas estas que nos alegram tanto os dias!...
E hoje, para ainda encher mais os dias, fomos à missa a Cabeço de Vide, igreja do Espírito Santo, com os escuteiros a encherem de presença e música aquela hora e meia e o P. Américo Agostinho a celebrar! 
Como se vê, nem tudo é paz e sossego... Ainda para mais, não é que a minha sobrinha e seus pais vieram almoçar connosco para celebrar mais um aniversário da mãe?!
Acabo por hoje, para não ocupar demais o meu dia. Rico dia!
AH




terça-feira, 7 de maio de 2019

É este o nosso tempo!



Depois de um grande intervalo de tempo para férias e descanso, voltamos a engalanar o nosso blogue com textos pessoais, para os quais nem sempre sobra a disponibilidade interior.
Mas os tempos que agora vivemos são um incentivo a aplicar esforço e criatividade na produção escrita. Ora vejamos:
Ainda há pouco vivemos os dias da Páscoa, dias de conversão interior e de reanimação pessoal, pois somos todos convidados a «ressuscitar», a passar da morte para a vida, o que pode notar-se na visão que temos do passar dos dias: caminhar sem objetivos, ao “deus dará”, ou impor um ritmo e um sentido à existência? Parece que a forma de que somos feitos nunca mais fica completa e precisa sempre de ser aperfeiçoada!
Veio depois o 25 de Abril, uma data igualmente significativa, que nos enche de alegria, pois, sobretudo para as pessoas mais idosas, sentimos como passámos de um ambiente pesado, opressor, cheio de medos, para um espaço de liberdade e de conquista que nos criou muitas e verdadeiras ilusões. É verdade que houve algumas melhorias na vida pessoal e na organização nacional, embora, passados 45 anos, ainda suspiremos por mais… Outra vez a obra incompleta, como as capelas imperfeitas (ou inacabadas?) do mosteiro da Batalha! Quando teremos resposta às nossas aspirações?
Vivemos ainda um tempo novo, que a primavera anunciou, o sol começa a alegrar-nos os dias e os campos engalanam-se de cor, oferecida gratuitamente pela natureza regada por uns baldes de água que bem falta fazia.
Meus senhores, vamos lá olhar pela nossa vida. Mudar comportamentos, aproveitar o tempo de modo mais proveitoso, aperfeiçoar conhecimentos e habilidades, ou mesmo fugir à rotina com atividades novas são modos de conseguir mais alegria, mais satisfação interior…
Cada um é que tem de traçar o seu caminho. Estar à espera nada resolve…

António Henriques

sexta-feira, 22 de março de 2019

Dia 22-03-2019


E porque hoje é sexta, 22-03, o casal Henriques tem muito que comemorar. O número 44 diz muito, não por ser uma capicua, mas por marcar uma existência de dois seres que são mesmo um para o outro: eu preciso de ti e tu precisas de mim... Por isso, vamos vivendo a alegria dos dias, dando graças por acharmos que valeu a pena dar o passo do "SIM" para sempre. Os momentos menos bons esquecem-se por baixo do muito bom que tem sido todos estes anos.

Andámos pelo Montijo ignorado ou esquecido com uns amigos. Vimos flamingos e muitos terrenos abandonados, fomos ver o aeroporto para aprender o caminho para o check-in, comemos um peixe saboroso na Casa do Pescador e ainda visitámos a Senhora da Alegria na Atalaia.

Por efeito da nossa formação, prendemo-nos aos azulejos, levando fotos do "casamento de N.ª Senhora, da Anunciação do Anjo, da sua gravidez sem lugar na estalagem, da apresentação do Menino ao velho Simeão, da fuga para o Egito... E uma foto do altar-mor e da Virgem.
Um dia cheio de alegria, que quisemos partilhar. Graças a Deus!
António Henriques








domingo, 17 de março de 2019

Belezas da minha terra

Hoje publico esta mensagem a pensar na minha irmã, ávida de ler os meus textos neste blogue e a criticar-me por não aparecer mais por estas bandas. AH 



Desta vez, apeteceu-me olhar para cima, lembrando a primeira vez que entrei no "Rio Sul Shopping", há uns 15 anos, então como jornalista da "Tribuna do Povo"... E confesso: o que nessa altura mais me impressionou foi esta estrutura de embarcação virada ao contrário, a abrigar os muito milhares que diariamente ocupam este espaço... E continua lindo e imponente!
Bem sei que sou filho de carpinteiro, esmerado artista no manuseamento da madeira, que se regalava e envaidecia a mostrar ao filho as obras de arte que ele deixou na linha do Estoril, especialmente nos hotéis de Cascais e no Casino Estoril. Algumas vezes, a dificuldade da obra era tal que todos se recusavam a assumir a sua confeção. E o mestre Aníbal aceitava a responsabilidade e levava o encargo a bom termo. 
Convém dizer que os começos da aprendizagem são muito importantes para os resultados futuros serem apetitosos. Estávamos no tempo em que o aprendiz passava mais de um ano a viver na casa do mestre, aprendendo todos os segredos da arte. Até se começava no pinhal a serrar grandes troncos  numa armação a jeito e com um grande serrote que deixava sequelas, como, por exemplo, as habituais dores de costas de que mais tarde tanto se queixava...
Como criança, o que mais eu admirava era a enorme quantidade de ferramentas que eram necessárias para o seu ofício. Ainda hoje olho para elas com enlevo quando visito alguns museus regionais...
O meu pai não teve a sorte de olhar para estas estruturas. Se as visse, diria logo que no seu tempo não se podia montar uma coisa destas! Mas outras já se faziam que exigiam muita ciência, nomeadamente estruturas curvas (escadas com corrimão arredondado...) ou o teto inclinado e côncavo, cheio de iluminação, que cobria o palco dos espetáculos do Casino Estoril.

Hoje deu-me para isto... A minha irmã vai ficar contente e com vontade de ver as belezas da minha terra. E digam lá se a Outra Banda não é bonita!

António Henriques