domingo, 12 de março de 2023

Foi há sete anos!

 AMORA AGRADECIDA

Permitam-me que hoje elogie a Igreja na pessoa do pároco que serviu a nossa paróquia durante 16 anos. Também tenho o direito de dizer bem, já que outros se arrogam o direito de só dizer mal. AH

 A paróquia de Amora despediu-se hoje do seu pároco, que aqui serviu nos últimos 16 anos. O P. Pedro Granzotto vai deixar muitas saudades e também levará muitas, como lhe disse hoje o Sr. Bispo.

Não lidei com ele de perto, mas nas muitas vezes que nos aproximámos pelas mais variadas razões, ora institucionais ora pessoais, sempre vi neste sacerdote um homem sereno, dedicado, marcado pela missão de servir o melhor possível a comunidade religiosa de Amora.

Na hora da despedida, vem à mente a obra maravilhosa que nos deixa.

Estou a pensar na nova Igreja, que custou a arrancar durante anos e só com ele se concretizou. Uma obra que com muita determinação ele foi erguendo, conseguindo cativar para a mesma os seus paroquianos. Ainda está a ser paga, mas sem ele a obra não se fazia.

Estou a pensar também na Igreja viva que com ele se foi desenvolvendo. Curiosamente, é consolador ver os 800 lugares da Igreja ocupados na missa dominical. Já nem falo da missa de hoje, em que tudo o que era espaço foi ocupado por muitos bancos de plástico ou por pessoas em pé. Lembro-me do tempo da sua construção, em que tinha ficado reservada uma sala ao lado para servir de capela para as missas da semana, mas que nunca serviu, pois a assistência era bastante para a missa se celebrar na Igreja Nova.

Além do espaço da Igreja, o complexo oferece muitas salas para os vários movimentos e catequese da paróquia, além de um salão de festas para umas 400 pessoas e com um belo palco, com muitas funções.

A paróquia de Amora é servida pelos padres da Congregação Scalabriniana, votada ao apoio dos migrantes. Por isso, a substituir o P. Pedro Granzotto, tomou hoje posse outro scalabriniano, o P. Geraldo, permanecendo connosco os outros três sacerdotes da equipa.

O P. Pedro, há 16 anos, chegou pobre e agora sai pobre. Deixa toda a riqueza connosco. É um exemplo muito forte de dedicação, que a nossa Igreja oferece ao mundo, mais um daqueles valores que me prendem à comunidade cristã. Outro exemplo é o respeito que ele tinha por todos, nutrindo o gosto de facilitar a vida a todos os grupos e etnias existentes, que se manifestam com os seus particularismos em ocasiões especiais.

Ao P. Pedro e ao P. Geraldo, os dois na foto ao lado, desejo as maiores felicidades. E apelo a que olhem sempre para as pessoas como dizia o Evangelho de hoje: ricos ou pobres, bons e maus, merecedores ou culpados, todos cabem na Igreja de Deus.


António Henriques

- Texto pulicado no blogue "AnimusSemper" em 11/09/2016