domingo, 26 de maio de 2019

Surpresas agradáveis

E dias diferentes...

Tinha eu acabado de acordar no dia de ontem, começo a ouvir a barulheira de vozes novinhas, crianças, jovens e alguns adultos que estão a ocupar os espaços arborizados que alimentam o meu olhar nos últimos dias. 
Tendas a erguer-se, uma ou duas carrinhas de transporte?! Quem são os invasores? E logo às 7,30h da manhã...
Quando às 8,30h nos dirigimos para as Termas da Sulfúria, metemos conversa com quem por ali andava. Eram escuteiros de Agrupamento 142 de Portalegre, que me trazem à memória ricas recordações de há mais de 40 anos. Eventos importantes (quatro acampamentos nacionais!), mas sobretudo pessoas que marcaram os meus dias, num dar e receber que a todos ajudou a preparar-nos para a vida...
E, melhor ainda, quem é que eu lobrigo no meio daquelas cabeças? O P. Américo Agostinho, amigo e companheiro de muitas vivências, sempre jovem e sempre dedicado ao serviço. Uns abraços inesperados, que não foram demorados devido aos horários dos "banhos"!
À hora do almoço, bebemos café juntos, falámos de amigos em comum e até telefonámos ao Leonel Cardoso Martins, que continua internado no hospital de Évora na convalescença de um operação. Que raio de conversas estas que nos alegram tanto os dias!...
E hoje, para ainda encher mais os dias, fomos à missa a Cabeço de Vide, igreja do Espírito Santo, com os escuteiros a encherem de presença e música aquela hora e meia e o P. Américo Agostinho a celebrar! 
Como se vê, nem tudo é paz e sossego... Ainda para mais, não é que a minha sobrinha e seus pais vieram almoçar connosco para celebrar mais um aniversário da mãe?!
Acabo por hoje, para não ocupar demais o meu dia. Rico dia!
AH




terça-feira, 7 de maio de 2019

É este o nosso tempo!



Depois de um grande intervalo de tempo para férias e descanso, voltamos a engalanar o nosso blogue com textos pessoais, para os quais nem sempre sobra a disponibilidade interior.
Mas os tempos que agora vivemos são um incentivo a aplicar esforço e criatividade na produção escrita. Ora vejamos:
Ainda há pouco vivemos os dias da Páscoa, dias de conversão interior e de reanimação pessoal, pois somos todos convidados a «ressuscitar», a passar da morte para a vida, o que pode notar-se na visão que temos do passar dos dias: caminhar sem objetivos, ao “deus dará”, ou impor um ritmo e um sentido à existência? Parece que a forma de que somos feitos nunca mais fica completa e precisa sempre de ser aperfeiçoada!
Veio depois o 25 de Abril, uma data igualmente significativa, que nos enche de alegria, pois, sobretudo para as pessoas mais idosas, sentimos como passámos de um ambiente pesado, opressor, cheio de medos, para um espaço de liberdade e de conquista que nos criou muitas e verdadeiras ilusões. É verdade que houve algumas melhorias na vida pessoal e na organização nacional, embora, passados 45 anos, ainda suspiremos por mais… Outra vez a obra incompleta, como as capelas imperfeitas (ou inacabadas?) do mosteiro da Batalha! Quando teremos resposta às nossas aspirações?
Vivemos ainda um tempo novo, que a primavera anunciou, o sol começa a alegrar-nos os dias e os campos engalanam-se de cor, oferecida gratuitamente pela natureza regada por uns baldes de água que bem falta fazia.
Meus senhores, vamos lá olhar pela nossa vida. Mudar comportamentos, aproveitar o tempo de modo mais proveitoso, aperfeiçoar conhecimentos e habilidades, ou mesmo fugir à rotina com atividades novas são modos de conseguir mais alegria, mais satisfação interior…
Cada um é que tem de traçar o seu caminho. Estar à espera nada resolve…

António Henriques