As minhas palavras...
Que vou eu dizer sobre o Natal, quando toda a gente já disse
tudo? Confesso que não sei vir para aqui dizer novidades, mas quero manifestar
um pouco a minha perspectiva, dizendo o que me vai na cabeça e na vida.
Começo por salientar que a vida humana, feita de rotinas,
merece, de vez em quando, uma alteração de práticas para refrescar as mentes,
motivar a vida com valores vinculativos, conscientizar a população para uma
afinação de ideais.
E o Natal é talvez o momento mais forte para colocar toda a
gente virada para vivências superiores, nomeadamente chamando a atenção para o
valor da família, para a importância da solidariedade com os mais
desprotegidos, para o dom da Paz vivida em harmonia entre pessoas e povos. E
para os cristãos, o Natal é ainda a humanização da divindade, o nascer do
Cristo-Deus, desejado em séculos passados pelos judeus fervorosos e ansiado por
todos os homens como o “ser especial” que venha ajudar-nos a resolver os tantos
problemas com que nos debatemos. Dizia Miguel Torga no seu poema:
Menino Deus!
Não faltes, que me faltas
Neste inverno gelado…»
É um pouco este
desejo interior que eu quero vincar: toda a gente, no redemoinho tormentoso
de guerras, desavenças, miséria, anda a suspirar por um SALVADOR, perante a
nossa impotência para seguirmos os caminhos da paz, da união, da amizade, e,
noutra visão, os progressos económicos, científicos que nos levem a mais saúde,
mais bem-estar, mais felicidade…
Ficou-me na memória o filme HUMANOS, de Yann Arthus-Bertrand,
apresentado pela RTP1 há pouco tempo em três partes, em que pudemos sentir o
palpitar profundo de 2000 entrevistados em todo o mundo na sua ânsia de mais
paz, mais justiça, mais igualdade, mais amor. E, numa entrevista feita ao autor
deste documentário, Yann, que não é cristão, dizia que, para resolver todos os
problemas do mundo, bastava uma coisa: AMOR!
Aqui fica a palavra mágica. Aqui deixo o voto de que todos
nós, a começar por mim, incarnemos mais a urgência do Amor. Sinto como muito motivador o nascimento de
Jesus mais uma vez. Até porque Ele aparece numa roupagem de tanta
humildade, como um ninguém, que nos deve mover a despirmo-nos da arrogância, da
importância, da exuberância de que somos insubstituíveis e eternos… Como disse
o Papa Francisco, de insubstituíveis e eternos está cheio o cemitério…
Menino-Deus, não faltes, que me faltas...
COMO EU GOSTO TANTO SEMPRE DAS SUAS PALAVRAS,E, AFINAL AINDA NÃO ESTAVA TUDO DITO ,PORQUE PARA MIM ESTAS SUAS PALAVRAS FIZERAM ME PENSAR,E CONCORDO INTEIRAMENTE CONSIGO CARO PROFESSOR
ResponderEliminarMuito obrigado, Clarisse, por me apoiar. Vamos vivendo a tentar fazer o melhor. Boas Festas.
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