segunda-feira, 26 de março de 2018

Escapada alentejana



Por vezes, é preciso celebrar a vida de um modo diferente, quando a história pessoal o aconselha. E que rico fim-de-semana vivemos, a partir de 22 de Março. Quisemos mergulhar no Alentejo, sentir o seu pulsar e conviver com as suas virtualidades. Primeira paragem no Redondo. Vila em franca actividade, com muralhas e torre de menagem, com olaria, culturas da vinha e do azeite. Pessoas a saber receber-nos…
Passeámos pelas ruas em busca do desconhecido. Sem horas marcadas, conversa fácil. Visitámos Igreja, Museu do Barro, a Porta da Ravessa. Almoço com migas de espargos e “lagartos” grelhados (as tiras menos gordurosas dos bifinhos de porco!). Corremos duas ou três olarias… Que bom…
Seguimos para Reguengos de Monsaraz, rodeada de preciosidades turísticas. Reguengos é terra de vinho, em franco desenvolvimento, onde até espanta ver, nos dias que correm, uma urbanização nova em construção. Em redor, além de Monsaraz, onde o xisto e a cal branca reinam, vemos as águas do Alqueva, que pintam de azul os verdes da paisagem. Olhar o horizonte sem pressa, que felicidade… E aquela açorda de cação no Beiral de Mourão? Fica na memória… Ainda pusemos os pés em Espanha, mas, sem um restaurante e com gasolineira fechada, voltámos a correr… 
Depois, avançámos para sul, visitando Vidigueira e Cuba, onde nunca tinha estado. Gostámos! A limpeza, a organização harmoniosa do espaço dizem-nos que não são terras abandonadas. Surpresas? A torre do Relógio sobressai na Vidigueira e, em Cuba, demos com o local onde se lembra que ali nasceu Cristóvão Colombo. E comemos feijoada com tengarrinhas, palavra que tantas vezes lembrei na apresentação dos livros da Maria Vitória Afonso e agora me apareceram pela frente. Saborosas! Em Beja, na praça, conseguimos comprar um molho, para em casa repetir a receita… Assim se matam saudades…
Gostámos deste passeio. As fotos ajudam a ver mais que as palavras. Obrigado por me lerem. 

António Henriques









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