E chegamos ao fim deste ano tão especial.
Até agora,
nenhum dos que vivi se aparenta com este. É verdade que todos os anos nos
trazem sombras e luzes, saúde e doença, alegrias e tristezas, sucessos e
fracassos.
Mas nenhum ano nos tinha afastado assim de todos os amigos, de todos os familiares, de todos os vizinhos, como se cada um de nós fosse inimigo ou fosse traído por qualquer um deles.
Duros foram
os dias em que me obriguei a ficar em casa para não me infetar do tal vírus.
Dolorosos foram os momentos em que disse "não" a todos os encontros,
mesmo quando havia gente a suspirar por um olhar e uma palavra amiga. Só o
telefone ou o vídeo me restava para um pouco de calor humano.
Mas nem tudo
podemos dizer que foi negativo!
- No meio da
dor e do sofrimento de muitos, estou saudável!
- Nas crises
de medo, continuo intimamente confiante!
- No meio do
desemprego e da fome, não me faltou o pão de cada dia!
- Num ano de
tantos desastres, mantenho-me em segurança.
- Num ano de
tantas mortes, estou vivo!
GRAÇAS A
DEUS, continuo a viver com alegria e a apreciar as belezas deste universo tão
rico e a sentir-me unido a esta humanidade tão ansiosa por paz, pão, amor e
união.
A todos os
que me leem desejo um ANO NOVO DE 2021 cheio de saúde, bem estar pessoal e
comunitário. E que Portugal trilhe caminhos luminosos a bem de todos.
As cores
fortes de Manuel Cargaleiro nestes azulejos da capela da Misericórdia, na
paróquia de S. Tomás de Aquino, em Lisboa, nos encham a vida de coragem e
força, para nos sentirmos cada vez mais livres.
Pela cruz à
LUZ!
António Henriques
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