Depois de um grande intervalo de tempo para férias e
descanso, voltamos a engalanar o nosso blogue com textos pessoais, para os
quais nem sempre sobra a disponibilidade interior.
Mas os tempos que agora vivemos são um incentivo a aplicar
esforço e criatividade na produção escrita. Ora vejamos:
Ainda há pouco vivemos os dias da Páscoa, dias de conversão
interior e de reanimação pessoal, pois somos todos convidados a «ressuscitar»,
a passar da morte para a vida, o que pode notar-se na visão que temos do passar
dos dias: caminhar sem objetivos, ao “deus dará”, ou impor um ritmo e um
sentido à existência? Parece que a forma de que somos feitos nunca mais fica
completa e precisa sempre de ser aperfeiçoada!
Veio depois o 25 de Abril, uma data igualmente
significativa, que nos enche de alegria, pois, sobretudo para as pessoas mais
idosas, sentimos como passámos de um ambiente pesado, opressor, cheio de medos,
para um espaço de liberdade e de conquista que nos criou muitas e verdadeiras
ilusões. É verdade que houve algumas melhorias na vida pessoal e na organização
nacional, embora, passados 45 anos, ainda suspiremos por mais… Outra vez a obra
incompleta, como as capelas imperfeitas (ou inacabadas?) do mosteiro da
Batalha! Quando teremos resposta às nossas aspirações?
Vivemos ainda um tempo novo, que a primavera anunciou, o sol
começa a alegrar-nos os dias e os campos engalanam-se de cor, oferecida
gratuitamente pela natureza regada por uns baldes de água que bem falta fazia.
Meus senhores, vamos lá olhar pela nossa vida. Mudar
comportamentos, aproveitar o tempo de modo mais proveitoso, aperfeiçoar
conhecimentos e habilidades, ou mesmo fugir à rotina com atividades novas são
modos de conseguir mais alegria, mais satisfação interior…
Cada um é que tem de traçar o seu caminho. Estar à espera
nada resolve…
António Henriques
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